Recife tem sido nos últimos vinte anos, um celeiro de grandes e gratas
surpresas quando o assunto é música. Claro, isso não se dá à toa. Três das mais
instigantes e importantes plataformas do setor acontecem na capital,
Pernambuco, e influenciam diretamente este cenário: Abril Pro Rock e Rec Beat,
dois dos maiores festivais brasileiros; e a feira de negócios e
empreendedorismo Porto Musical.
E é de lá um dos mais bonitos álbuns de 2014. Limbo, segundo na carreira da RUA,
é daqueles trabalhos conceituais que tem em sua estrutura básica, a busca pelo
diálogo com seu interlocutor, e não a mera e desnecessária intenção de “soar”
esteticamente “diferente”, o que poderia causar uma espécie de caminhada rumo a
lugar nenhum. E não é isso que se vê, ouve e sente com Limbo.
Estamos diante de uma obra, e como tal, merece ser apreciada assim. Tudo
busca (e alcança) uma conexão, um “sentido” para existir. Seja nas letras, na
concepção visual, ou no minimalismo instrumental da execução nos arranjos. Tudo converge para um mesmo ponto: o da RUA.
Como é, como vê, como sente.
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