MixTape #6.

Por marco antônio neri*

Nobat (MG)

Recentemente descobri a música (com a pessoa já havia me encontrado algumas vezes...) do mineiro Nobat, e ouvir Disco Arranhado (2012), segundo trabalho do músico (o primeiro De Volta ao Ruído, saiu em 2008)  tem sido uma das tarefas mais prazerosas dos últimos tempos. Sabe aquela vontade de montar um banda e sair tocando por ai? Então, Disco Arranhado me trouxe essa vontade à muito esquecida (que só aumentou depois de conferir a perfomance ao vivo) e mostrou que sim, é possível fazer rock em Minas e estar conectado com Mundo.

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Barbara Eugenia (RJ)

Jornal de BAD, primeiro registro da moça lançado em 2010, chegou até mim em um carnaval que passei na histórica cidade de Sabará pelas mãos de Marcelo Santiago, do Meio Desligado. E confesso que não havia gostado muito na ocasião (me pareceu "só um rostinho bonito" e nada mais - eu sei, um preconceito danado né?)  mas depois o disco foi "surgindo", musicas foram ganhado espaço no playlist e quanto vi estava no carro, em casa, nas festas dos amigos, nas viagens de férias e por ai vai... Voltei a ouvi-lo por causa de sua sonoridade, que possivelmente é o que mais me agrada, e pude confirmar que sim, ela é mais que um rostinho...

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Apanhador Só (RS) 

O ano era 2010, e eu saia da casa dos meus pais pela primeira vez para morar em outra cidade e sinceramente, não tinha expectativa de absolutamente nada nessa mudança. Saudade de tudo e de todos e aquele medo de não saber se havia tomado a decisão "certa" rondando o tempo todo. No meio disso tudo, em uma das infinitas conversas via Skype com Fernanda Bento, ela me apresentou o disco de estréia de "uma banda bem legal lá do Sul..."  e o que parecia ser só mais uma das indicações de uma amiga querida, acabou se tornando a "trilha da mudança" e fez toda a diferença.

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Passo Torto (SP)

Uma ida a São Paulo em dezembro de 2011 e um "atraso" no meu retorno, faria do disco de estréia do Passo Torto o mais ouvido em 2012 e abriria as portas da percepção para uma série de artistas interessantes, além dos trabalhos apresentados por seus integrantes Romulo Fróes (o único que já conhecia) Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Marcelo Cabral. Essa turma, na minha humilde opinião, tem dado um aula de "como sermos amigos, talentosos e ainda sim contribuirmos para a música dessa cidade (ou seria país?)", clichê  mas é verdade.

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Julieta Rimoldi (ARG)

Tenho um trabalho pessoal de pesquisa que consiste em diagnosticar e tentar conhecer melhor os artistas argentinos, sem distinção de época mas priorizando a produção que começa em 2000 e segue. Numa dessas pesquisas, descobri um disco de 2008 chamado "Tierra" com uma capa que para mim é horrorosa (foi exatamente por esse motivo que baixei e comecei à ouvi-lo) mas a cada canção fui me apaixonando, sim clichê novamente, e desde então se tornou trilha sonora obrigatória do meu dia. Em 2012, Julieta Rimoldi lança "Voy" seu segundo disco (com capa bem bonitinha... rs ) e novamente me arrebata.

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* marco antônio neri:

Escritor, cantautor e ativista da Cultura. Fundador do Coletivo Namarra e membro do 
Conselho de Gestão do Circuito Metropolitano de Cultura de Minas Gerais. (C.M.C.)

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