Uma pessoa importante no cenário
da Cultura, compartilhando um pouco de seu universo particular através de
livros e discos fundamentais em sua formação. E para a primeira edição de 2014, recebemos Fernando Persiano, vocalista, baixista e compositor da banda mineira Vitrolas.
Todos os ecos vem da infância.
Existiram na minha vida alguns momentos importantes, tanto literários, e principalmente musicais, que ficaram marcados por pequenos rompimentos. Fiquei de pensar e separar algo significativo, porém, ao comentar com a minha esposa sobre um livro e tal, minutos antes de escrever esse texto, não tinha certeza ainda de qual seria, contudo, ao falar, naturalmente esse livro surgiu na minha cabeça. “O Pensamento Vivo de John Lennon” não é um clássico nem nada, na verdade, é uma coletânea de pedaços de entrevistas com personalidades importantes, existe do Chaplin, Freud, Einsten, entre outros, foi organizado por Eide M. Murta.
Entendo que o mais significativo nessa
leitura, foi o fato de ter sido num momento de total transição na minha vida,
na época, eu tinha 10 anos de idade, estava mudando de colégio e já começando a
ver na música uma válvula de escape para minhas questões. Meu pai me deu esse
livro um pouco depois de me mostrar o LP Help!,
dos Beatles. Tenho lembranças da gente lendo em voz alta e depois debatendo
sobre a infância, momentos e frases marcantes do John. Assim como na sua
música, Lennon sempre foi muito direto na suas entrevistas, o que para mim, que
na época estava em plena formação psicológica e começando um período natural de
afirmação pessoal, foi muito acolhedor, senti muita empatia pela história e pela
crueza com que me foi passada. Sempre fui um devorador de biografias musicais, essa
foi a minha primeira.
O disco é um complemento dessa história, poderia citar obras que foram descobertas por mim mais recentemente, mas, meu sentimento me leva novamente a um passado mais remoto. Não acho que Help! seja o melhor álbum dos Beatles, o meu preferido é o Revolver, porém, a “bagunça” dessa descoberta me mudou radicalmente de direção, antes, eu curtia, como a maioria da criançada, o rock brasileiro dos anos 80, aquele LP era totalmente novo pra mim, parece até frase feita, mas, dali para frente uma nova gaveta foi aberta na minha mente e no meu coração, e estará sempre aberta.
Fiquei muito curioso ao ver o link no facebook sobre a disblioteca. Desde que me mudei pro interior de SP, perdi um pouco do contato com o trabalho dos coletivos. Marco e sua trupe propondo uma pintura íntima sobre as influências de um artista é fantástico.
ResponderExcluirFernando "McCartney" Persiano, como vi o Raul Mariano citar umas vezes, é um dos maiores da geração, tanto pelo seu trabalho indiscutível, quanto por sua camaradagem fenomenal.
Concordo com Persiano: a infância é nosso pedal de delay!
Nós agradecemos Juan, sua leitura é muito importante.
ResponderExcluirContinue nos prestigiando!
Abraço,
Equipe Namarra.
Grande Juan, que beleza!
ResponderExcluirObrigado pelas palavras, bacana mesmo.
Parabéns ao Marco e ao
pessoal do Coletivo Namarra, botando a vida pra andar.
Parabéns, pessoal.
Abração!!!
... e que voce, Fernando, transmita sempre este lado beatle, embalado pela Ibituruna e emoldurado pelo Rio Doce !! e um grande muito obrigado ao seu pai, pelo momento X+Y que causou a bela realidade Z !!
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