Por Marco Antônio Neri
Há várias maneiras de se fazer algo, certo? Foi pensando
nisso que um grupo de Cantautores mineiros resolveram se unir para propor à si
próprios e ao público, algo no mínimo instigante, que ao mesmo tempo fosse profissional
(sem ser burocrático) e que tivesse aquele frescor e alegria das brincadeiras
de criança.
Nasce assim o Encontro de Compositores, que se difere de
outros propostos em segmentos diversos, uma vez que a canção e o motivo pela
qual foi composta (quando se é possível descrever, claro!) é a razão do todo. A
memória, seja una ou coletiva, ganha destaque e tem papel importante neste
processo de legitimação.
Outro ponto visível, e bem interessante, é a desconstrução do
artista como “estrela”, alguém com um
dom extraterreno e incomunicável dentro de seu universo paralelo. O formato
escolhido, violão/guitarra/voz basicamente, é também gesto indicativo onde o menos
é mais. Quantas mega produções não dizem nada não é mesmo?...
No que tudo isso dará, é cedo ainda, se é que se pode (ou se
quer) dizer alguma coisa, contudo, por onde passou deixou marcas profundas de
reflexão e inquietudes do fazer na Arte. E isso, sinceramente, não é pouca
coisa.

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